Diana Scarisbrick é uma historiadora da joalharia e das gemas preciosas, sobretudo aquelas que incluem gravações e significados. São já vários os seus livros, mas hoje gostaríamos de chamar a atenção para uma obra de 2011 intitulada Portrait Jewels. Opulence and Intimacy from the Medici to the Romanovs, publicada pela Thames & Hudson.
Trata-se de uma obra que poderíamos classificar como preciosa pela forma como faz um estudo tão exaustivo sobre as jóias que retratam personagens, não só através de diferentes séculos, mas também de diversas geografias que vão de Lisboa até à Rússia profunda. É, pois, uma obra muito original e que nos ensina muito sobre esta particular forma de arte. Um livro que deve fazer parte da biblioteca de todos os amantes de jóias.
A Índia é famosa pela sua joalharia, desde as jóias dos Maharajahs, com as suas fabulosas gemas e pérolas naturais, até às peças de carácter mais étnico, e talvez menos conhecidas, como as que se mostram nesta fotografia. Também é de notar a forma como as usam, que muitas vezes tem servido de inspiração para as criações e as modas que vemos aparecer no Ocidente.
Foi encontrada uma enorme pepita de ouro, com quase sete quilos (6.664 gramas), numa jazida de ouro na região de Irkutsk, na Sibéria. À descoberta deram o nome de "orelha do diabo".
Vladislav Yavorskyy lançou mais um livro da série Terra, desta feita dedicado às granadas, uma gema sobre a qual não têm sido publicados muitos livros, embora seja uma pedra muito bonita e polifacetada pela diversidade de tonalidades que apresenta.
Garnet, é uma obra muito bem feita, onde o autor procurou reproduzir, com o domínio da câmara que o tornou famoso, algumas das melhores granadas que se conhecem. Contudo, não se espere deste livro uma analise técnica em profundidade sobre esta gema, aqui o forte são as imagens e a forma como Yavorskyy conseguiu traduzir todo o brilho e transparência destas pedras. Uma obra que vale a pena, sobretudo para os apreciadores de granadas.
"India: Jóias que encantaram o mundo",
assim se intitula a fabulosa exposição organizada nos Museus Estatais do Kremlin por dois curadores que se contam entre os maiores especialistas mundiais de jóias, e que estará aberta até ao próximo dia 27 de Julho. Uma exposição que marcará certamente todos quantos a visitem, pela sua originalidade e pelo conhecimento que proporciona.
Esta mostra, que inclui trezentas peças, algumas delas jamais expostas, cobre quatro séculos de joalharia indiana, do século XVII até ao presente. Permite, assim, perceber a grande influência que a joalharia teve na civilização indiana e a forma como a Rússia se constituiu como um ponto de passagem obrigatório para o comércio de jóias entre o Oriente e o Ocidente.
Esta exposição mostra ainda a forma como a joalharia indiana veio a influenciar de forma decisiva a joalharia ocidental, pelo que são também expostas criações das maiores casas europeias.
