Até há bem pouco tempo, quando falávamos das pérolas de água doce chinesas, referiamo-nos a pérolas de muito baixa qualidade, com uma fina camada de nácar, e que podiam ser apenas usadas em bijutaria. As pérolas de qualidade eram as cultivadas no mar, geralmente no Tahiti e noutras paragens exóticas como as Filipinas ou a Austrália. Ainda hoje, muita gente olha com a maior das suspeitas para a produção de pérolas chinesas.
Isto está a acabar e a acabar muito depressa. Como noticia o The New York Times, as pérolas de cultura em água doce chinesas estão a aumentar significativamente a sua qualidade e, hoje em dia, ameaçam destronar as pérolas do Tahiti e atacar os mercados à escala global.
A verdade é que homens como Zhan Weijian, da Grace Pearls, estão a cultivar na China oriental pérolas de água doce de grande qualidade e cujos preços estão bem longe de metade dos preços de pérolas como as do Tahiti. É claro que muitos argumentam que ainda não atingiram a beleza e o esplendor destas últimas, mas os chineses prometem que isso está para breve.
Alguns detractores argumentam afirmando que as pérolas chinesas de cultura em água doce não são tão naturais, o que até era verdade há alguns anos. A questão é que hoje são por vezes até mais naturais do que as que se cultivam no mar. São pérolas que já nem precisam de um núcleo artificial, pelo que a sua constituição é feita basicamente de nácar, assemelhando-se, portanto, muito mais às pérolas naturais de antanho.
O mercado de pérolas enfrenta presentemente grandes desafios e o futuro próximo irá trazer grandes novidades para os consumidores. Atenção, contudo, a muita pérola chinesa de péssima qualidade que continua a existir no mercado.
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